Provavelmente um Sagui
Atualmente, da
segunda grande floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua extensão
original. Em alguns lugares, como no Rio Grande do Norte, nem vestígios e o
resultado é o agravamento da seca no nordeste. Sem a floresta, a umidade é
insuficente para provocar as chuvas. E os ventos que sopram do mar, não
encontrando a barreira da floresta, levam o sal natural para a região do
agreste, prejudicando sua vegetação. Mas, os ventos deslocam as dunas, que
assoreiam as lagoas existentes no litoral. Os grandes rios que cortam a área
original da Mata Atlântica, o Paraíba, o São Francisco, Jequitinhonha, Doce e
Paraíba do Sul, antigamente tinham águas cristalinas ou tingidas de preto pelas
folhas em decomposição da floresta. Hoje suas águas são barrentas por causa dos
sedimentos arrastados pela erosão do solo desprotejido de vegetação, ou tão
poluídas que são um perigo para a saúde.
A Mata Atlântica
é considerada atualmente um dos mais importantes conjuntos de ecossistemas do
planeta, e um dos mais ameaçados. As pouquíssimas ilhas de floresta que restam
não podem desaparecer.
A destruição da
biodiversidade e o desmatamento elimina de uma só vez grande contingente de
espécies muitas vezes desconhecidas. Além disso homogeiniza o ecossistema
quando se implanta a monocultura.
A destruição do
solo e a retirada da floresta rompe com o sistema natural de ciclagem de
nutriente. A remoção da cobertura vegetal fará com que a superfície do solo
seja mais aquecida. Esse aquecimento aumentará as oxidações da matéria orgânica
que se transformará rapidamente em materiais inorgânicos, solúveis ou
facilmente solubilizados. O solos deixam também de ser protegidos da erosão
pelas chuvas. Estudos da Embrapa constatam que, dos 3,5 milhões de hectares de
pastagens que substituiram a floresta, 500 mil se degradaram num intervalo de
tempo de 12 anos, além das queimadas e carvoeiros instalados.
Lagarto Teiú
Família: Teiidae
Nome cientifico: Tubinambis merianae
Hábitat: Vive principalmente em áreas
abertas de cerrado, mas pode ser observado em bordas de mata-de-galerias e
dentro das mais semi-abertas. Por ser uma espécie que habita o chão, pode ser
observada em áreas ensolaradas, com capim baixo ou com pedras.
Alimentação: É muito variada, incluindo
vertebrados, partes vegetais, moluscos e artrópodes. Pode comer ainda carniça.
Reprodução: Os filhotes são esverdeados. Pouco se
sabe sobre a reprodução dessa espécie, aparentemente ocorre depois da estação
seca, sendo que o tamanho da ninhada varia de 04 a 20 ovos que eclodem após 60 a 90 dias de incubação, com período de vida aproximado de 16 anos
.
Características gerais: Tem cabeça
comprida e pontiaguda, mandíbulas fortes e providas de um grande número de
pequenos dentes pontiagudos, possui hábitos diurnos. Passa parte do tempo em
movimento à procura de presas que localiza com o auxílio da língua cor-de-rosa
comprida e bífida. Tem cauda longa e arredondada, coloração geral negra com
manchas amarelas ou brancas sobre a cabeça e membros, região regular e face
ventral brancas, adornadas de manchas negras. A temperatura corporal média é de
35°C. Quando
se sente ameaçado, pode ficar imóvel e tentar se camuflar em meio ao ambiente
ou fugir. Faz muito barulho. Aparece na Argentina, no Brasil e no Uruguai. No
Brasil ocorre em todas as regiões, exceto na Floresta Amazônica.
Podem ser animais agressivos, razão pela qual são
importantes os cuidados no manejo para evitarem mordidas. Ovíparos, põe em
média 30 ovos, os quais são incubados por um período de 90 dias. O teiú também é conhecido por outros nomes como teiú-açu, tejo, tiju, tejuaçu, tejuguaçu,, tiú e lagarto papa-ovo.
LAGARTIXA (Phyllopezus pollicaris)
Características - coloração de fundo
predominantemente cinza, com manchas negras pelos flancos e corso, pupila
vertical lombada, penúltima falange com dígitos dilatada, com lamelas
infradigitais simples, todos os dígitos com unhas. Atingem em torno de 8,5
cm de comprimento.
Habitat - matas,
caatingas, áreas urbanas.
Ocorrência - todo o
Brasil.
Hábitos - são excelentes
trepadoras. São acrobatas consumadas. Para elas nada é mais fácil do que subir
facilmente por paredes de vidro ou pelas janelas. Se chegar ao teto, anda por
ele de cabeça para baixo. Nunca perde a aderência, porque tem, entre os dedos,
fileiras de pequenas lâminas transversais
forradas de pêlos microscópicos em forma de ganchos. Esses pêlos se prendem
à mínima saliência de qualquer superfície e podem aderir melhor do que
ventosas. Durante o dia ela esconde-se em uma rachadura no teto ou atrás dos
móveis, para fugir do calor. À noite ela sai. No mato, a lagartixa vive só e
defende zelosamente seu território.
Nome comum: Gambá
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Marsupialia
Ordem: Didelphimorphia
Família: Didelphidae
Género: Didelphis
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Jacú
Jacu (Penelope ochrogaster)
Classe: Aves
Ordem: Galliformes
Família: Cracidae
Nome científico: Penelope ochrogaster
Nome vulgar: Jacu
Categoria: Vulnerável
Características: Espécie grande, de topete pardo-avermelhado
e faixa superciliar esbranquiçada contrastante com a sobrancelha negra, a qual
se alonga em uma listra ao redor da região auricular e da garganta. O abdômen é
castanho-vivo. Pescoço e peito estriados de branco e bico preto. Ave arbícola, menor
que o mutum. Espécie de populações de baixa densidade e pouco estudada. Vivem
nas matas em bandos e, na época do acasalamento, andam em casais. Procuram
alimento ao amanhecer e à tarde.
Medidas: 750 a 770 mm - Asa 340 mm - Cauda: 340 mm - Bico: 34 mm - Tarso: 80 mm - Comprimento: 77 cm.
Ocorrência Geográfica: Mata Atlântica, Matas
entremeadas de campos e matas secas do Oeste de Minas Gerais e Goiás ao leste
do Mato Grosso (Rio das Mortes).
Cientista que descreveu: Pelzeln, 1870
Características - Também conhecido como jacuguaçu, mede
73 cm de
comprimento. Sua plumagem é verde-bronze bem escura. Manto, pescoço e peito
finamente estriados de branco. Pernas anegradas. Asas grandes e arredondadas. O
macho possui a íris vermelha e a fêmea, castanha. Ambos apresentam uma barbela
vermelha na garganta.
Habitat mata atlântica.
Ocorrência sudeste e sul do Brasil, de Minas Gerais e Rio de Janeiro até o Rio
Grande do Sul; Uruguai, Paraguai, Argentina e Bolívia. No Rio de Janeiro ocorre
nas montanhas, em São Paulo
na Serra do Mar e no litoral.
Hábitos o sinal de excitação é abrir e fechar
impetuoso da cauda. Têm o tique de sacudir a cabeça. À tardinha, antes de
empoleirar-se, tornam-se muito inquietos, sendo tal nervosismo aparentemente
ansiedade para achar um bom lugar de dormida. Voa relativamente bem apesar de
sua capacidade de vôo ser reduzida. Vive nas árvores das florestas, descendo ao
solo muitas vezes para alimentar-se.
Alimentação
frutas, folhas e brotos. Bebem na beira dos rios. O ato de beber se
assemelha ao dos pombos, é um processo de sugar, com o bico mantido dentro d'água,
notando-se a ingestão do líquido pelo movimento rítmico da garganta.
Reprodução monógamos. Os machos dão comida à sua
fêmea, virando e abaixando gentilmente a cabeça, como os pais alimentam os
filhos. O casal acaricia-se na cabeça. Conhece-se pouco sobre as cerimônias
nupciais dessas aves. O par faz um ninho pequeno nos cipoais, às vezes no alto
das árvores ou em ramos sobre a água ou ainda em troncos caídos. Aproveitam
também os ninhos abandonados de outras aves. Pode instalar-se sobre um galho
entre gravatás cujas folhas ela pisa, obtendo assim um ninho. Os ovos são
grandes, uniformemente brancos. O período de incubação é de 28 dias. As
ninhadas são de dois a três filhotes
Ameaças o desmatamento e a caça indiscriminada
reduziram drasticamente a população dessas aves. É necessário aproveitar-se da
boa potencialidade de reprodução em cativeiro para se obter espécimes a serem
utilizados em programas de repovoamento. Muito apreciada como caça, está em
extinção.
Descrição da Mata Atlântica
Esse tipo de formação florestal recebe
várias denominações: floresta latifoliada tropical úmida de encosta (segundo a
classificação de Andrade-Lima), mata pluvial tropical (segundo Romariz) e mata
atlântica (denominação mais geral). É claro que todas estas denominações são
corretas. O que interessa é saber interpretá-las. A expressão de Andrade-Lima é
a mais complexa. Está indicando que se trata de floresta sempre verde, cujos
componentes em geral possuem folhas largas, que é vegetação de lugares onde há
bastante umidade o ano todo, e, finalmente, que é vizinha da costa ou acompanha
a costa. Na expressão de Romariz, sabe-se que se trata de floresta cujos os
componentes tem folhas largas, é mata dos trópicos úmidos e vive em encostas. Os autores
que usam a expressão mata atlântica estão indicando sua vizinhança com o Oceano
Atlântico. E desta vizinhança decorre a umidade transportada pelos ventos que
sopram do mar. Como consequência dessa umidade surge a possibilidade de terem
seus componentes, na maioria, folhas largas. E, ainda, esta umidade constante,
aliadas às altas temperaturas é que garante o caráter de vegetação perenifólia
(cujas folhas não caem antes de as novas estarem já desenvolvidas), pois a
queda periódica das folhas de certa vegetação é determinada ou pela falta de
água (seca física - queda de folha na caatinga) ou pelas temperaturas muito
baixas que impedem a absorção da água embora ela esteja presente (.seca
fisiológica - queda das folhas nas matas de climas temperados).
Portanto por receber muita energia radiante e pelo
alto índice de pluviosidade, trata-se de uma floresta exuberante, de
crescimento rápido, e sempre verde, ou seja, as folhas não caem.
Calcula-se que na Mata Atlântica existam 10 mil espécies
de plantas que contém uma infinidade de espécies de cores, formas e odores
diferentes. Nela se encontra jabuticabas, cambuás, ingás, guabirobas e
bacuparis. Plantas como orquídeas, bromélias, samambaias, palmeiras,
pau-brasil, jacarandá-da-bahia, cabreúva, ipês, palmito.
Pitangueira
Aspectos gerais:
Planta nativa do Brasil a pitangueira medra em regiões de clima tropical e subtropical; muito comum no Nordeste brasileiro ela é encontrada desde a fronteira com as Guianas até o estado de São Paulo. Apesar do aroma e sabor exóticos da polpa do fruto o plantio da pitangueira ficou relegado a pomares domésticos.
Os primeiros plantios racionais - em escala comercial - da pitangueira aconteceram na região do município de Bonito - inicialmente pelas Indústrias Alimenticias Maguary sucedida pela Bonito Agrícola Ltda - Bonsuco (hoje responsável por 90% de toda a produção nacional de suco e de polpa congelada) - no Agreste pernambucano e hoje alcançam já 150 hectares. Estima que, em geral, o estado de Pernambuco produz entre 1300 a 1700 toneladas de frutos da pitangueira. Parte dessa produção é distribuida pela CEASA para bares, restaurantes, sorveterias, hotéis da capital pernambucana.
Uso da pitanga:
Planta: usada como planta ornamental em parques e jardins e para formação de cercas vivas (Flórida, EUA).
Caule: fornece madeira para tornos, para cabos de ferramentas e implementos agrícolas, para mourões, para esteios e para lenha; o cerne escuro do tronco de plantas velhas tem utilidade em marcenaria de luxo.
Folhas: contém o alcalóide denominado pitanguina (sucedâneo de quinino); em medicina caseira seus chás e banhos são utilizados para tratamento de febres intermitentes; os chás tem uso contra diarréias persistentes, contra afecções do figado, em gargarejos nas infecções da garganta, contra reumatismos e gota. Dizem, também, o chá ser uma substancia excitante.
Fruto: ao natural sua polpa é consumida fresca ou sob forma de refrescos, sucos; processada a polpa entra na composição de sucos engarrafados, sorvetes, doces, licores, vinhos e geléias.
Ainda os frutos são tidos como digestivos se ingeridos após as refeições.
Botânica/Variedades:
A pitangueira é conhecida como Eugenia uniflora, L, Dicotyledonae, Mirtaceae. O fruto, por ser vermelho escuro (pitangueira vermelha) era conhecido pelos índios tupi-guaranis pelo nome de pitanga.
A pitangueira é uma pequena árvore que nas regiões subtropicais alcança 2m a 4m de altura mas, vegetando sob ótimas condições de clima e de solo, alcança alturas acima de 6m., quando adulta. As folhas pequenas e verde-escuras quando formadas exalam aroma forte e característico. As flores brancas e suavemente perfumadas, são hermaforditas e melíficas. O fruto é uma baga com 1,5 a 3,0cm. de diâmetro, tem casca muito fina; a polpa do fruto maduro é macia, suculenta, doce ou agridoce, aromática, saborosa, perfumada. A maturação do fruto dá-se em 5 a 6 semanas após o início da floração.
A composição de 100 gramas de polpa é: 38 calorias, 0,3g. de proteína, 10mg. de cálcio, 20mg. de fósforo, 2,3mg. de ferro 0,03mg. de vit.B2 e 14mg. de vit. C.
Não se conhece variedades definidas de pitangueiras no Brasil; entre plantas nota-se diferenças quanto a forma, tamanho, cor e sabor do fruto. Encontra-se plantas com frutos cor laranja, com cor vermelha e com frutos encarnados, quase negros
Família Megalopygidae Podalia sp (Taturana-gatinho ou
Taturana-cachorinho) Nos Megalopigídios, a base da cerda apresenta uma única
glândula inserida no tegumento da lagarta. Quando pressionada por ocasião do
contato, a glândula libera o veneno que percorre um canal, sendo injetado na
pele humana. A principal característica dos Megalopigídeos é a presença de
longas cerdas, frágeis, sedosas e inofensivas, semelhantes a “pêlos” que
camuflam os verdadeiros “espinhos” venenosos. Tamanho aproximado 8cm. Instituto
Butantan, SP
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